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Segunda, 23 Setembro 2024 17:44

Escrito por UFC Informa

Uma festa com dança, música, comidas gostosas, muitos sorrisos e comemoração. Assim foi a primeira feira do Estação Favela, realizada no último sábado (21). Criado pela Universidade Federal do Ceará (UFC) em parceria com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), o projeto é executado com apoio da Central Única das Favelas (CUFA) na comunidade do Poço da Draga e no bairro Barroso, em Fortaleza.

A iniciativa oferece cursos de capacitação para pessoas oriundas de territórios periféricos na capital, com o objetivo de desenvolver direitos sociais, culturais e econômicos dessas populações.

Durante a feira, além de aproveitar as atrações artísticas, moradores do Poço da Draga também prestigiaram a certificação de alunos de alguns desses cursos, realizada pela Pró-Reitoria de Extensão (PREX) da UFC. Convidados ao palco, eles receberam o documento das mãos do reitor Custódio Almeida.

O outro momento importante da noite foi o encerramento da Caravana UFC 70 Anos, projeto que colocou na estrada duas trupes de jornalistas, professores, estudantes, pesquisadores e produtores, para percorrer mais de 3.000 km, do sertão ao litoral, em busca de histórias e informações que descortinem o impacto e a presença construídos pela UFC no Ceará ao longo das últimas sete décadas.

A ocasião contou com falas de André Filipe Dummar e Cliff Villar, respectivamente diretor de Estratégia Digital e diretor corporativo do Grupo de Comunicação O POVO. “O processo inteiro da Caravana foi um grande aprendizado. Para nós, é um enorme orgulho fazer parte desse projeto”, enfatizou Dummar.

Segundo o gestor, a equipe da Caravana realizou mais de 200 entrevistas, além de centenas de fotos e horas de vídeo, em um roteiro que incluiu mais de 50 municípios. O material deverá render documentários para TV, uma grande reportagem e um livro.

“A Caravana representa um dos maiores eventos dentro das comemorações dos 70 anos da UFC, que celebra não apenas uma história, mas a própria Universidade no Ceará, enquanto instituição formadora de sonhos e emancipadora”, resumiu o reitor Custódio Almeida. “Os profissionais que participaram desse projeto fizeram registros fantásticos, que vão ficar para a posteridade”, completou.

OPORTUNIDADES – Entre os estandes da feira, estavam alguns com trabalhos realizados pelos alunos dos cursos oferecidos pelo Estação Favela. Em um deles, a comunidade do Poço da Draga emergia colorida, repleta de vida, em registros feitos por participantes do curso Fotografia com Celular, como Kauê Araújo, de 15 anos.

Integrante da equipe de apoio da sede da CUFA no Poço, foi por lá que o estudante soube da oportunidade. “Fiquei curioso de cara, porque vejo a fotografia como forma de se expressar”, recordou. “Tivemos aulas teóricas e práticas, saímos em passeios para fazer os registros pela comunidade, nos becos, na praia. Aprendemos sobre ângulos, planos, linhas guias. Foi muito bom”, contou.

Já a jornalista Melina Tomasini, 44, e a microempreendedora Adriana Fernandes, 43, participaram do curso Elaboração de Projetos Culturais com Inteligência Artificial e estavam entre os alunos que receberam seus certificados naquela noite. “Muitas vezes existe uma dificuldade de elaborar o texto e a estrutura de um projeto. Nesse sentido, a IA facilita. Mas é preciso saber como usar a tecnologia, e nesse sentido o curso foi ótimo. Começamos com a teoria, tendo aulas sobre os conceitos de cultura, o que são e como funcionam os editais, até chegar na IA”, recordou Melina.

“Esse tema já me interessava, porque meu marido é artista plástico, temos amigos que também trabalham com arte, e o curso nos possibilitaria ajudar na elaboração de projetos. A IA facilita bastante, mas é preciso saber usar, de forma que você consiga passar sua visão, sua leitura de mundo na proposta”, completou Adriana, que também fez o curso Leitura de Editais para Elaboração de Projetos Culturais.

Veja outras imagens do evento no Flickr da UFC

Como atividade de conclusão, os alunos tiveram que elaborar um projeto, escolhendo um tema e um modelo de edital. Os resultados também foram mostrados na feira, em uma série de banners.

“Durante o primeiro semestre de 2024, estivemos aqui para iniciar esse trabalho, com o projeto do Estação Favela. De março até aqui, muita coisa aconteceu. A Universidade tem obrigação de chegar a esses territórios, porque esses territórios já chegaram à UFC”, declarou Custódio Almeida antes da entrega dos certificados.

Fonte: Secretaria de Comunicação da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.