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Segunda turma da oficina Formação Antirracista: UFC pela Equidade Racial, voltada para servidores da Universidade, é iniciada

A aula inaugural da segunda turma da oficina Formação Antirracista: UFC pela Equidade Racial foi realizada na quinta-feira (3), no auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará, pela professora Zelma Madeira, secretária estadual da Igualdade Racial. Estão inscritos 55 servidores docentes e técnico-administrativos da Universidade no curso, que busca promover ações de letramento racial e combate ao racismo no serviço público.

Imagem: A imagem mostra um grupo de oito pessoas em pé, dançando e sorrindo em um palco. Eles vestem camisetas pretas com desenhos coloridos de formas geométricas e elementos do sol. Algumas das pessoas estão usando saias longas e coloridas, enquanto um dos homens à direita toca um tambor. Ao fundo, há uma tela de projeção, bandeiras do Brasil e outra amarela com um brasão, além de cadeiras azuis. O público está sentado em cadeiras de cor clara, assistindo à apresentação.

O curso tem 20 horas e é resultado do acordo de cooperação firmado entre a UFC e a Secretaria da Igualdade Racial do Estado do Ceará (SEIR), em novembro de 2023, com participação da Coordenadoria de Articulação Política Institucional (CAPI) e apoio da Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão (DEDI) da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP). A primeira turma, realizada em março, foi voltada para trabalhadores terceirizados que atuam na segurança da Universidade.

O início do evento foi marcado por emoção, com a apresentação teatral do Coletivo Dandara. O projeto Dandara: Narrativas Antirracistas para Crianças faz parte do Programa de Promoção da Cultura Artística da Pró-Reitoria de Cultura (SECULT) e é coordenado pelos professores Alexandre Santiago e Jakeline Andrade, ambos da Faculdade de Educação da UFC. Esse grupo existe há quatro anos levando a ideia antirracista em apresentações em escolas públicas e espaços culturais da cidade. Participam da ação alunos dos cursos de Pedagogia, Música e Teatro.

Da mesa de abertura, participaram o reitor Custódio Almeida; a vice-reitora Diana Azevedo; a secretária de Igualdade Racial do Governo do Estado de Ceará, Profa. Zelma Madeira; o pró-reitor-adjunto de Gestão de Pessoas, Bruno Matos; a coordenadora em exercícios de Articulação Política e Institucional, Morgana Sampaio; e a diretora da DEDI da PROGEP, Luzimar Oliveira.

Imagem: A imagem mostra duas pessoas em pé atrás de um púlpito de madeira. A mulher à esquerda está sorrindo e falando ao microfone, vestindo uma blusa sem mangas rosa. O homem ao lado dela, à direita, também está sorrindo e usando óculos e um terno escuro com camisa branca. Eles parecem estar em um ambiente formal, durante discurso em um auditório. O fundo é composto por uma parede de cor neutra.

Quebrando o protocolo, o reitor da UFC solicitou que a diretora da DEDI, Luzimar Oliveira, fizesse a fala de abertura do evento, parabenizando-a pela iniciativa. Luzimar agradeceu, emocionada, e afirmou que o objetivo principal da ação é fazer com que todos os servidores se sintam bem trabalhando na UFC: “Que a gente possa ser respeitado na nossa individualidade, que a gente possa ter voz, ser ouvido, e tudo isso passa pela questão da sociedade e nós, na nossa comunidade acadêmica, sermos uma sociedade antirracista. Porque o racismo afeta a todos, não só a nós negros. Então, é muito importante que todo mundo, todos os servidores abracem a nossa luta antirracista”, afirmou.

Veja outras imagens do evento no Flickr da UFC

Dando continuidade, o reitor Custódio Almeida afirmou ser a temática antirracista muito necessária: “é interessante dizer que a gente sempre vai precisar de formação antirracista. Nós sempre precisamos atualizar a humanidade em nós, porque essa é a nossa condição”, ressaltou.

Em seguida, foi dado início ao curso com a aula ministrada pela professora Zelma Madeira. Ela iniciou explicando que o racismo é um problema atual e não apenas um legado histórico: “Esse legado histórico se legitima e se reproduz todos os dias”.

Imagem: A imagem mostra uma apresentação em um auditório. Uma mulher está em pé, falando em um púlpito à direita, enquanto outra pessoa está sentada à mesa à esquerda, com um laptop. Atrás delas, há uma tela de projeção com um slide exibindo texto e o logotipo do Governo do Ceará. O público está sentado, assistindo à apresentação. O ambiente tem cadeiras de cor clara e algumas bandeiras ao fundo. A pessoa no púlpito veste uma roupa verde-clara.

Sobre a presença das pessoas negras no setor público, Zelma Madeira explicou que uma forma de ser antirracista é dar oportunidade para mulheres e para o povo negro que está dentro da Instituição. “É garantir humanidade àqueles grupos dos quais ela foi retirada. Dizer que nós temos muita vulnerabilidade. Mas desde que aqui chegamos em navio negreiro que nós apresentamos ao Estado brasileiro, à sociedade, de que tem jeito e que nós podemos construir uma sociedade em que todos possam viver plenamente, tenham o bem-viver ao seu favor”, concluiu.

O curso prossegue em modalidade presencial e on-line, com as temáticas: ser negro, racismo e suas configurações no Brasil e na realidade cearense, resistências afro-brasileiras e políticas de combate ao racismo, oficina sobre equidade racial e serviço público e confecção de iniciativas antirracistas.

Fonte: Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão (DEDI) – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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