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Laboratório de Pesquisa da Pele de Tilápia da UFC é inaugurado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM)

Foi inaugurado, na sexta-feira (31), o Laboratório de Pesquisa da Pele de Tilápia, localizado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), no Campus do Porangabuçu, em Fortaleza. Dez anos após o início da pesquisa que ganhou destaque internacional no campo da medicina regenerativa, a Universidade Federal do Ceará (UFC) contará com uma nova infraestrutura física de 225m² para o avanço nos estudos com a pele de tilápia e o desenvolvimento de novas pesquisas.

Imagem: O Laboratório de Pesquisa da Pele de Tilápia está localizado no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM)

Estiveram presentes na inauguração o coordenador geral da pesquisa com pele de tilápia, Edmar Maciel Lima Júnior; o coordenador do NPDM, Manoel Odorico de Moraes Filho; o pró-reitor de Inovação e Relações Interinstitucionais (Prointer), José de Paula Barros Neto; além dos demais gestores da unidade e pesquisadores interessados no tema.

O coordenador geral da pesquisa, Edmar Maciel, destaca que o novo laboratório irá permitir o aperfeiçoamento de produtos já existentes e o avanço em novas pesquisas. “Nós vamos ter um espaço quatro vezes maior do que o que tínhamos antes. Isso permite fazer o aperfeiçoamento, à medida que seja necessário, dos quatro produtos que já temos patentes. Além disso, o laboratório permitirá que a gente tenha espaço e material suficiente para desenvolver novos produtos”, afirma Edmar Maciel.

O espaço físico do novo laboratório de pesquisa é composto por uma área central, com três bancadas, e quatro salas anexas. “Trata-se de uma estrutura moderna que atende a todos os requisitos das boas práticas laboratoriais, com bancadas de excelente qualidade para atender a demanda generalizada de pesquisa em vários setores. Essa área está preparada para receber os equipamentos que vão ser disponibilizados para esse trabalho”, explica o coordenador do NPDM, Odorico de Moraes.

O laboratório contará com uma nova infraestrutura física de 225m² para o avanço nos estudos com a pele de tilápia e o desenvolvimento de novas pesquisas

Cinco pesquisadores lideram o laboratório de pesquisa: Edmar Maciel Lima Júnior (coordenação geral), Manoel Odorico de Moraes Filho (coordenação do NPDM), Maria Elisabete Amaral de Moraes (coordenação clínica), Carlos Roberto Koscky Paier e Felipe Augusto Rocha Rodrigues (coordenação de Pesquisa e Desenvolvimento). O laboratório conta também com a participação de 12 estudantes de pós-graduação, entre mestrado e doutorado, além de uma técnica de laboratório.

“Esse laboratório tem uma estrutura física adequada para receber toda a demanda necessária para o desenvolvimento, não só para a preparação da pele da tilápia nos atuais moldes, mas também para o desenvolvimento de subprodutos da pele da tilápia. Então, nós temos três subprodutos já patenteados, o scaffold, que é a matriz dérmica acelular (MDA), o colágeno e a pele liofilizada”, destaca o coordenador do NPDM, Odorico de Moraes.

Edmar Maciel ressalta também a expectativa de expandir as operações e firmar novas parcerias. “Inclusive poderemos fazer mais parcerias com centros de pesquisa ou desenvolver novos projetos com hospitais públicos, hospitais universitários, que nós podemos também aumentar a demanda da nossa produção, seja da pele liofilizada, seja da matriz dérmica, seja da extração de colágeno”, afirma o coordenador geral.

A pesquisa com pele de tilápia teve início em 10 de fevereiro de 2015, quando seu potencial terapêutico descoberto pela ciência, principalmente no tratamento de queimaduras

A pesquisa com pele de tilápia possui uma vasta rede colaborativa com 23 coordenadores de área, abrangendo diversas especialidades médicas e científicas, como odontologia, histologia, estatística, otorrino, cirurgia plástica, cirurgia vascular e cirurgia cardíaca. Em dez anos de estudos, mais de 380 pesquisadores se envolveram ativamente em projetos de pesquisa, gerando impactos significativos na ciência.

“O NPDM se sente na condição de dever cumprido. A gente tem o lema de que a gente deve transformar a nossa pesquisa em bem social. E é isso que nós estamos fazendo. O maior legado desse laboratório vai ser transformar os produtos dessa pesquisa em bem social. Isso é o que nos move a seguir em frente”, conclui o professor Odorico de Moraes.

SAIBA MAIS - A pesquisa com pele de tilápia teve início em 10 de fevereiro de 2015, quando seu potencial terapêutico foi descoberto pela ciência, principalmente no tratamento de queimaduras. A técnica utiliza a pele do peixe como curativo biológico por seu alto teor de colágeno tipo 1, que acelera a cicatrização, alivia a dor, diminui a troca de curativos e previne infecções, sendo aplicada também em procedimentos cirúrgicos ginecológicos.

De natureza internacional e multidisciplinar, a pesquisa com pele de tilápia se expandiu em dez estados brasileiros e nove países. Com quatro patentes de produtos desenvolvidos a partir da pele de tilápia, o estudo compartilha avanços científicos com a Nasa, com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com o Instituto Butantan.

Segundo informações do coordenador geral da pesquisa, ao longo de dez anos, foram mais de 45 publicações em revistas nacionais e internacionais; e mais de 1150 matérias na mídia em 62 países. A pesquisa também rendeu cinco capítulos publicados em livro e 27 prêmios em primeira colocação.

O estudo já fez parte de 105 projetos de pesquisa; 56 pesquisas de especialização, 34 de mestrado, 19 de doutorado e 3 de pós-doutorado. Além disso, a pesquisa da pele de tilápia foi citada em cinco séries de TV internacionais: Grey’s Anatomy, The Good Doctor, Vampiros, The Resident e One Piece.

Fontes: Coordenador geral da pesquisa com pele de tilápia, Edmar Maciel - fone: 85 99111-5979 / coordenador do NPDM, Odorico de Moraes - fone: (85) 3366-8332/ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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