UFC viva e democrática: dois anos de uma gestão que planeja o futuro a partir da ótica das pessoas
- Quarta, 20 Agosto 2025 08:45
- Escrito por Comunicação de Gestão
A atual gestão superior da Universidade Federal do Ceará (UFC), que tem à frente o reitor Custódio Almeida e a vice-reitora Diana Azevedo, chegou aos dois anos nessa quarta-feira, 20 de agosto. Escolhida pela comunidade acadêmica e referendada pela Presidência da República para conduzir a UFC por quatro anos, essa administração iniciou com o desafio de construir uma Universidade viva, democrática, participativa, inclusiva e diversa. De lá para cá, muito já foi feito e há planos de mais realizações até o fim do mandato, em agosto de 2027.
Todas essas transformações se iniciaram em 2023 com o redesenho da gestão, a redemocratização da UFC e a reocupação de espaços importantes para a Universidade. Em relação ao desenho da nova gestão, foram pontos de destaque a criação da Pró-Reitoria de Cultura (Procult), institucionalizando essa dimensão transversal, e das Secretarias do Meio Ambiente (SMA-UFC) e de Esportes (SESP-UFC), com o objetivo de valorizar a proteção dos espaços verdes, a sustentabilidade, a saúde e o bem-estar coletivos.
No processo de redemocratização, as primeiras ações trataram de garantir a representatividade do Conselho Universitário (Consuni) e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), os dois órgãos colegiados mais importantes da UFC. No Consuni, foi assegurada a volta da representação estudantil, e, em março de 2024, a gestão dobrou o número de representantes dos servidores técnico-administrativos em educação (TAEs) – que passaram de três para seis. Em abril de 2025, o Cepe passou a contar com a participação de três representantes dos técnicos, em reconhecimento à contribuição dessa categoria para as atividades de ensino, pesquisa e extensão.
Nos último biênio, no contexto de defesa dos valores democráticos, a Universidade tem passado pela revisão do seu Estatuto (processo conhecido por Estatuinte) por meio de uma construção coletiva e com ampla participação de todas as categorias. O documento contém as definições e formulações básicas da instituição, como sua organização, objetivos e estruturação, dentre outras. “O diálogo, aberto desde a primeira hora, continuará disponível a toda a comunidade universitária e ao conjunto da sociedade no fazer diário e nos espaços de decisão, como os Conselhos e a Estatuinte”, assegurou o reitor Custódio Almeida.
Institucionalmente, foram criados e retomados políticas e programas estratégicos de inclusão, como a Divisão de Equidade, Diversidade e Inclusão da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, criada em agosto de 2023; a Comissão de Direitos Humanos, reinstalada em dezembro de 2023, e a Comissão de Prevenção e Enfrentamento aos Assédios e Discriminações, cujas atividades foram iniciadas em janeiro de 2024. “E isso já foi reconhecido nacionalmente no Prêmio Mulheres e Ciência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em que a UFC ganhou na categoria Mérito Institucional, e regionalmente, por meio do Selo de Equidade de Gênero e Inclusão do Governo do Estado do Ceará. Nesse certame, nós alcançamos o selo Ouro Premium”, salientou a vice-reitora Diana Azevedo.
A atual gestão também organizou atos de reparação histórica nesses dois primeiros anos. Uma dessas ações ocorreu em maio deste ano, com a concessão de título de graduação post mortem a Bergson Gurjão Farias, estudante de Química da UFC nos anos 1960 e liderança estudantil, que foi expulso da Universidade e assassinado pela ditadura militar por sua militância política. Um espaço cultural em memória do estudante também foi inaugurado no prédio da Reitoria.
Houve ainda o incentivo à ocupação de espaços que haviam sido esvaziados no passado. Logo em outubro de 2023, a UFC promoveu uma colação presencial para egressos que tinham colado grau em solenidades virtuais. Desde então, todas as colações são realizadas presencialmente na Universidade, garantindo o direito dos estudantes e das famílias de celebrarem juntos esse rito de passagem. Após dez anos de pausa, também foi retomada a Feira das Profissões em 2024, momento em que estudantes do ensino médio das redes pública e privada são apresentados aos mais de 120 cursos de graduação pelos próprios alunos da UFC.
Os Encontros Universitários também voltaram para o formato presencial, representando um importante momento de conexão entre os estudantes e as áreas-fins da Universidade (ensino, pesquisa e extensão). A UFC, nesses últimos dois anos, ainda abriu as portas para celebrar e receber os mais diversos públicos, com a volta da realização do Festival UFC de Cultura, as celebrações do aniversário de 70 anos e vários eventos que trouxeram a comunidade para dentro da Reitoria e de outros espaços da Instituição.
“Nosso primeiro grande desafio foi o desafio do reencantamento. A UFC precisava recuperar sua autoestima, sua vontade de produzir, de ser universidade, de inovar, de olhar para o futuro, de fazer projetos inovadores, de servir a sociedade como sua missão precípua, fazendo ensino, pesquisa, extensão”, enumerou Custódio.
OLHAR HUMANO – Essas diversas realizações também têm levado em consideração o cuidado com as pessoas que fazem a UFC. A atual gestão ampliou as ações de assistência estudantil, criando novos programas de auxílio com o objetivo de garantir melhores condições de acesso e permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Em 2024, foi criado o Auxílio Ingressante, um benefício de R$ 500 destinado a alunos cotistas de baixa renda, além da isenção de almoço e jantar no Restaurante Universitário (RU).
No mesmo ano, o Consuni aprovou o Auxílio Concludente, destinado a alunos que necessitam de apoio financeiro e pedagógico para concluir seus cursos de graduação dentro do tempo previsto. O benefício é concedido em até quatro parcelas mensais de R$ 500. Em 2025, foi criado o Auxílio Evento - Orgulho UFC, apoio financeiro para participação de estudantes em eventos acadêmicos, científicos, esportivos, culturais e representativos fora de seus campi.
Os servidores também são alcançados pelas políticas de cuidado da atual gestão. A UFC ampliou o Programa de Gestão de Desempenho (PGD) para 100% dos técnicos administrativos de todas as unidades administrativas, autorizando esses profissionais a aderirem ao regime de teletrabalho total ou parcial. A nova política alia formas contemporâneas de gestão para melhorar a qualidade de vida dos servidores ao mesmo tempo que amplia a produtividade das equipes. Estendendo as medidas vinculadas ao tema, a administração emitiu, neste ano, portaria que permite às servidoras gestantes e lactantes, com filhos de até dois anos de idade, a participação no PGD na modalidade de teletrabalho integral.
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Fonte: Gabinete da Reitoria – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.