Procurar no portal

HUWC está autorizado a realizar transplantes alogênicos de medula óssea

Imagem: No transplante alogênico, é necessária a doação da medula de outra pessoa, para que o doador e paciente submetam-se ao transplante (Foto: Ministério da Saúde)O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da UFC, dá mais um passo rumo à excelência de seus serviços de assistência, ensino e pesquisa. No dia 22 de outubro, foi publicada no Diário Oficial da União a autorização para que o HUWC realize a coleta e o transplante de medula óssea alogênico (aparentado e não aparentado), que ocorre quando o paciente recebe a medula de um doador. O HUWC já faz transplante autólogo, em que o paciente recebe as células sadias da própria medula.

Com a habilitação, o HUWC coloca o Ceará como o quarto estado da região Nordeste a realizar transplante alogênico, além de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte.

O serviço alcançará a população do Ceará, assim como de todo o Norte-Nordeste e demais regiões brasileiras. O aumento do fluxo de transplantes de medula óssea nos HUs desafogará outras unidades, diminuindo os custos de locomoção dos pacientes e seus familiares para outros estados.

De acordo com o Chefe do Serviço de Hematologia, de Transplante de Medula Óssea (TMO/HUWC) e do Banco de Cordão Umbilical do Hemoce, Fernando Barroso, o serviço está iniciando o processo de seleção de doadores e pacientes para realização desse tipo de procedimento. "Atualmente, no Brasil, temos seis mil pessoas à espera de um transplante de medula. No Ceará, esses dados ainda são inexistentes, contudo sabemos que a demanda é reprimida", informa.

O hematologista diz que o número de doadores ainda é insuficiente e que a previsão para o primeiro transplante alogênico dependerá da compatibilidade do doador. Além do número de transplantes, o Ceará tem batido recorde na qualidade dos transplantes de órgãos e tecidos. Para o chefe do Serviço, tudo isso só é possível por causa da sensibilidade dos doadores e familiares, do trabalho intenso das equipes transplantadoras e da postura atuante da Central de Transplantes.

CHANCES – De acordo com Fernando Barroso, o Ceará é o 5º estado do Brasil em número de doadores, com um total de 119 mil pessoas cadastradas. Nos casos de transplante alogênico, é necessária a doação da medula de outra pessoa, para que o doador e paciente submetam-se ao transplante.

Entretanto, antes disso, são realizados exames de compatibilidade, evitando, assim, a rejeição entre as células do doador e do receptor. "A chance de encontrar uma medula compatível é, em média, de um em cem mil", detalha.

Saiba mais sobre o processo de doação de medula:
– Perfil para ser doador: ter entre 18 e 55 anos, estar bem de saúde, não ter tido câncer, não ter comportamento de risco para DSTs, apresentar documento de identidade e comprovante de endereço;
– o doador preenche um formulário com seus dados pessoais. Em seguida, é coletada uma amostra de sangue com 5 a 10 ml para testes. Esses testes determinarão as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente;
 – os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante;
 – se a compatibilidade for confirmada, o possível doador será convidado a efetuar a doação;
 – a medula é retirada do interior dos ossos da bacia, por meio de punções, sob anestesia, e o doador se recompõe em apenas 15 dias.

Fonte: Divisão de Imprensa e Marketing do Complexo Hospitalar da UFC – fone: 85 3366 8183 / e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço

Av. da Universidade, 2853 - Benfica, Fortaleza - CE, CEP 60020-181 - Ver mapaFone: +55 (85) 3366 7300