Reitores de universidades federais se reúnem em Fortaleza para debater PNE
- Quinta, 31 Julho 2014 14:30
Reitores de universidades federais de todo o País estão reunidos em Fortaleza para debater atribuições, metas, oportunidades e prioridades do recém-sancionado Plano Nacional de educação (PNE), bem como a atuação das universidades no cumprimento da nova legislação. O debate teve início às 14h de ontem (31), na Casa de José de Alencar (Av. Washington Soares, 6055 – Messejana), durante encontro do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
Participaram do debate a Reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, Profª Maria Lúcia Cavalli Neder; o Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Speller; o líder do Governo no Congresso, Senador José Pimentel (PT-CE), e o Secretário Estadual da Educação, Maurício Holanda, além de 62 reitores das universidades associadas à Andifes.
O presidente da Andifes, Prof. Jesualdo Farias, destaca que as metas do Plano são ousadas e que as universidades federais têm responsabilidade sobre todas elas.
"Nossa missão é trabalhar para que essas metas sejam cumpridas ou, pelo menos, que se chegue ao mais próximo possível do que foi estabelecido", diz.
Algumas dão a dimensão do desafio posto. Uma delas prevê, em até 10 anos, se atingir o percentual de 50% dos professores da educação básica com nível de pós-graduação. Segundo o Observatório do PNE, plataforma que monitora os indicadores ligados ao Plano, atualmente apenas 29% dos professores do ensino básico se encaixam nesta categoria. "Já temos um desafio anterior, que seja o de que todos os professores do ensino médio tenham formação em licenciatura nas áreas em que ensinam", lembra o Reitor.
Além disso, o PNE prevê elevar o número de matrículas nos cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) para formar 60 mil mestres e 25 mil doutores por ano. Atualmente, de acordo com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o Brasil forma cerca de 35,6 mil mestres e 11,3 mil doutores ao ano.
Em paralelo, o PNE determina elevar a taxa bruta de matrícula do ensino superior para 50% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade, e expandindo as matrículas no setor público em 40%. "Para atender a estas demandas, a educação a distância será uma ferramenta fundamental", avalia o Reitor.
Ainda no ensino superior, o PNE prevê que 75% dos docentes efetivos de cada universidade sejam metres ou doutores (com no mínimo de 35% de doutores). Este ponto não deve ser problema para as universidades federais, avalia Jesualdo Farias, mas deve gerar aumento na demanda por cursos de pós-graduação.
O presidente da Andifes chama a atenção ainda para uma das metas mais debatidas durante a elaboração do plano: a que prevê a ampliação do investimento em educação para 7% do PIB em cinco anos; e para 10% no final do decênio. "Essa medida terá um impacto muito grande", diz.
"A grande discussão, portanto, é como viabilizar o PNE. E é para isso que estamos reunindo representantes do Governo Federal, Congresso Nacional, secretários estaduais e reitores", explica.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional – fone: 85 3366 7331