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Dissertação resulta em protocolo para planejamento familiar de pessoas vivendo com HIV/Aids

Imagem: Dissertação de mestrado de Raquel Gomes teve orientação da Profª Escolástica Moura (Foto: Jr. Panela)Um protocolo clínico para apoiar profissionais de saúde no atendimento em planejamento familiar de pessoas vivendo com HIV/Aids é o resultado de pesquisa recente desenvolvida no Departamento de Enfermagem da UFC. Resultado da dissertação de mestrado de Raquel Gomes – defendida em abril – sob orientação da Profª Escolástica Moura, a iniciativa visa responder a uma demanda identificada nos ambulatórios DST/HIV/Aids em Fortaleza. De acordo com estudos, cerca de 70% dessas mulheres soropositivas apresentam o desejo de ter filhos.

Como explica a pesquisadora Raquel Gomes, o material traz respostas às dúvidas mais comuns manifestadas pelos profissionais de saúde sobre concepção e anticoncepção em casais soroconcordantes (quando os dois possuem o vírus HIV) e sorodiscordantes (quando um dos parceiros possui o vírus HIV). "Os profissionais com os quais falamos destacaram muito as dúvidas sobre a interação medicamentosa entre a terapêutica retroviral e os anticoncepcionais hormonais, a importância da dupla proteção, o uso do preservativo e de espermicidas. Pediram também para que expuséssemos os determinantes sociais, os motivos das mulheres quererem ou não ter filhos. Discutimos isso no trabalho e trazemos também um fluxograma que traz a situação clínica e as decisões que devem ser adotadas para cada caso", comenta.

Foram entrevistados, para o protocolo, integrantes do Grupo de Estudos em Saúde Sexual e Reprodutiva (Gessare), do Departamento de Enfermagem da UFC; e profissionais da rede pública, sendo sete enfermeiras e um médico, do Centro de Saúde Anastácio Magalhães e do Ambulatório do Hospital São José de Doenças Infecciosas. Uma questão que toca ainda o protocolo é a do preconceito dos profissionais em relação à concepção de casais vivendo com HIV/Aids. "A gente sabe que existe um preconceito de uma parcela dos profissionais com relação ao casal soropositivo e que decide tomar a decisão pela concepção, então o protocolo abre uma discussão muito embasada sobre os direitos sexuais e reprodutivos desse público. A nossa grande participação é mostrar a esses casais quais os cuidados que eles precisam receber e pôr em prática para que esse bebê venha com as menores chances de ser soropositivo", comenta a Profª Escolástica Moura.

Segundo Raquel Gomes, o próximo passo do trabalho, que deverá ser publicado como livro, é a distribuição do protocolo nas Regionais e Secretarias de Saúde. Profissionais e interessados podem solicitar, gratuitamente, uma cópia do protocolo através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone (85) 98610 0969, falar com Raquel Moura.

Fonte: Profª Escolástica Moura, do Departamento de Enfermagem da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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