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Médico perito da UFC é premiado em estudo sobre doença pulmonar crônica

Imagem: O médico Fernando Sergio Studart Leitão Filho, da CPASE-UFC, e o médico Nawaf Aloitabi, da Arábia Saudita, premiados na Assembleia de Problemas Clínicos (Foto: Divulgação)O médico pneumologista Fernando Sergio Studart Leitão Filho, servidor técnico-administrativo lotado na Coordenadoria de Perícia e Assistência ao Servidor e ao Estudante (CPASE) da Universidade Federal do Ceará, foi premiado pela American Thoracic Society, durante a Assembleia de Problemas Clínicos, com o trabalho O microbioma do escarro está associado com mortalidade em um ano nos pacientes admitidos por exacerbação aguda de DPOC.

Ocorrido em San Diego, na Califórnia (EUA), em maio, o evento concedeu o título ao melhor resumo associando aspectos de prevenção ou tratamento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Enfermidade que afeta os brônquios, a DPOC é frequentemente conhecida pelos termos bronquite e enfisema. Mais de 90% de seus casos estão relacionados ao tabagismo e estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, para a qual não existe tratamento definitivo, apenas sintomático. Estudos indicam que, em 2020, será a terceira causa de morte global, responsável por 5 milhões de óbitos a cada ano.

Em seu trabalho, que integra pesquisa de pós-doutorado no Canadá, o servidor Fernando Studart realizou o sequenciamento do DNA bacteriano em amostra de escarro de 98 pacientes, internados por exacerbação de DPOC, em dois hospitais de Vancouver, no Canadá. Dentre eles, 64% eram homens, com uma média de idade de 66 anos.

O objetivo da análise desse material foi saber quantas e quais tipos de bactérias estavam presentes no escarro dos pacientes no momento em que foram admitidos no hospital. "Observamos que pacientes com escarro positivo para o gênero de bactéria Staphylococcus (causadora de doenças) ou negativo para bactérias do gênero Veillonella (que vivem normalmente na orofaringe e em geral não causam danos) tinham risco de mortalidade muito maior em um ano, ou seja, parâmetros do escarro colhido no momento da internação podem ser usados como preditores de mortalidade", explica o médico.

Avalia o pesquisador que o resultado abre caminhos para o desenvolvimento de terapias para a DPOC no âmbito da medicina personalizada, que preconiza tratamentos específicos para cada perfil de paciente. "Em alguns anos é possível que testes rápidos baseados em técnicas de sequenciamento de DNA bacteriano possam ser realizados no escarro de pacientes com DPOC no momento da internação.

A depender dos resultados, o tratamento poderá incluir antibióticos direcionados. Além disso, alguns pacientes poderão beneficiar-se de acompanhamento clínico mais rigoroso após a alta, com visitas médicas mais precoces e frequentes, ou mesmo intensificação da terapia inalatória, a fim de prevenir novas internações."

Essa é a segunda vez que o servidor recebe uma honraria da American Thoracic Society. A pesquisa anterior, premiada em 2017, envolveu o uso de corticosteroides inalatórios no tratamento da DPOC. Mais informações sobre as premiações estão disponíveis no site da American Thoracic Society.

Fonte: Vicente Aguiar, da Coordenadoria de Perícia e Assistência ao Servidor e ao Estudante – fone: 85 3366 7780

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