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Professoras apresentam na Austrália pesquisa que pode gerar tratamento anticâncer

Imagem: foto de uma mulher loira sentada e com jalecoA identificação de moléculas com potencial para o tratamento anticâncer com base na biodiversidade da caatinga foi apresentada, na última quinta-feira (12), na Universidade Nacional da Austrália (ANU), pelas professoras da Universidade Federal do Ceará Cláudia Pessoa, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, e Maria da Conceição de Oliveira, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica. A ANU é a 50ª melhor universidade do mundo, conforme o ranking 2020 da Times Higher Education (THE), e possui parceria com a UFC na pesquisa em questão.

A parceria entre as duas instituições pode resultar em um novo tratamento para a doença, especificamente nos casos relacionados à leucemia e ao câncer de próstata. O estudo tem identificado micro-organismos e componentes naturais potencialmente bioativos, isolados de plantas encontradas na caatinga, bioma tipicamente nordestino. A colaboração internacional é financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), por meio do Programa Institucional de Internacionalização (PRINT).

Imagem: Foto de uma mulher de cabelos pretos e blusa verdeA pesquisa avalia como as moléculas chamadas pterocarpano e pisosterol atuam para bloquear o crescimento e a proliferação de células neoplásicas (que sofreram alteração no código genético por conta da doença, perdendo suas características originais). Ambas as moléculas já eram objeto de estudo na UFC, e as análises comprovaram sua capacidade antitumoral. A partir da parceria internacional, a pesquisa passará à fase de aplicação in vivo, com um modelo estabelecido na instituição australiana que replica a leucemia mieloide aguda em animais e permite validação da atividade das moléculas.

A ideia é não só validar as moléculas em modelo animal, mas também realizar transferência de conhecimento entre as duas instituições, uma vez que a ANU, no âmbito do John Curtin School of Medical Research, é referência nesse modelo de leucemia, o qual poderá ser implementado no Brasil.

A Agência UFC, canal de divulgação científica e de extensão da Universidade, produziu uma reportagem explicando a pesquisa e os avanços que já vêm sendo alcançados.

Fonte: Profª Cláudia do Ó Pessoa, do Laboratório de Oncologia Experimental – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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