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Quinta, 03 Dezembro 2020 09:06

Dois projetos de extensão ligados ao Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará estão ajudando a promover a educação em saúde com adolescentes de uma escola pública em Fortaleza. Materiais informativos semanais sobre álcool e outras drogas e sobre doenças como aids e covid-19 estão sendo compartilhados com os estudantes por meio de parceria com a Escola de Ensino Fundamental e Médio Félix de Azevedo, no bairro Rodolfo Teófilo.

Os materiais informativos são produzidos pelo projeto Aids: Educação e Prevenção – Promoção da Saúde do Adolescente em Situação de Vulnerabilidade e projeto Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas, ambos da UFC.

As informações são enviadas via WhatsApp para a turma do nono ano, por intermédio da coordenação pedagógica da Escola Félix de Azevedo. Os estudantes da UFC estão preparando também uma reunião on-line com os alunos para esclarecer dúvidas e debater os assuntos abordados.

O material é composto por imagens e recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A primeira sequência de informações enviada abordou os cuidados que pessoas portadoras de HIV precisam ter durante a pandemia. Além de evitar aglomerações, manter o distanciamento mínimo de dois metros e lavar as mãos frequentemente com água e sabão, a produção ressalta a importância da não interrupção do tratamento antirretroviral.

Também foram produzidas orientações sobre os efeitos do consumo de álcool relacionados à covid-19. Os estudantes aprendem que o álcool não tem capacidade de matar o vírus e pode atrapalhar a prevenção da doença. "Ingerir bebidas alcoólicas não vai matar o vírus no ar inalado ou desinfectar a sua boca e garganta. Provavelmente, aumentará os riscos para a sua saúde caso você contraia o vírus ou já esteja infectado", ressalta o informativo.

A parceria com a escola foi firmada desde o início do ano letivo, mas com a pandemia da covid19, os projetos tiveram de se adaptar a novos formatos. O bolsista de extensão Ernesto Barroso, do projeto Aids, detalha como foi a adaptação. "Nós pensamos em uma forma de continuar o trabalho mesmo que remotamente. Em uma conversa com a escola, concordamos que a melhor forma seria que nós elaborássemos materiais educativos semanalmente, não só sobre assuntos principais do projeto, mas também sobre a questão da covid-19", relata o estudante.

A bolsista Vitória Costa, do projeto Prevenção do Uso de Álcool e Drogas, relata como é a experiência de atuar no projeto. "Está me dando a oportunidade de ter um maior contato com os adolescentes, aprender a forma de conversar com eles e realizar estratégias para chamar a atenção desse público", acrescenta a bolsista.

Os benefícios para os alunos e para a escola são inúmeros, conforme aponta o coordenador pedagógico da escola Félix de Azevedo, Prof. João Batista Neto. "É maravilhoso porque os projetos nos trazem a principal ferramenta de combate ao vírus, que é a informação", ressalta.

A importância da ação é destacada pela Profª Patrícia Neyva da Costa Pinheiro, coordenadora dos dois projetos. "A prevenção é uma arma poderosa, principalmente em um momento de muitas incertezas, como a atual pandemia. É um momento em que trabalhar com a educação em saúde e conscientizar os mais jovens é fundamental", afirma a professora.

SOBRE OS PROJETOS – Criado na década de 1980, pela Profª Graziela Teixeira Barroso logo após a fundação do Departamento de Enfermagem da UFC, o projeto Aids: Educação e Prevenção, foi o primeiro do curso. Desde sua fundação, tem como foco a prevenção da aids em jovens para evitar tanto a infecção como a disseminação da doença na comunidade. "Além do jovem ter a capacidade de mudança do próprio comportamento, numa fase em que está iniciando a vida sexual, ele atua como multiplicador do conhecimento na sociedade", diz a Profª Patrícia.

Já o projeto Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas foi criado há dois anos, após um trabalho realizado por doutorandos de Enfermagem em escolas de Fortaleza. A vivência indicou a vulnerabilidade dos alunos em alguns âmbitos, que poderia ser atenuada com o serviço de educação em saúde.

Com informações do projeto Divulgando a Extensão.

Fonte: Profª Patrícia Neyva da Costa Pinheiro, coordenadora dos projetos de extensão – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.