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DIA DO PROFESSOR: o privilégio de nutrir o espírito com a troca contínua de saberes

Há pessoas que, se vivessem mil existências, em cada uma delas escolheriam o ato de ensinar como ofício, tamanha é sua vocação inata. Já para outras, o magistério foi uma sucessão de acontecimentos fortuitos, aquilo que na língua inglesa chama-se “serendipity”. Em uma tradução livre, esse termo significaria a felicidade de uma descoberta inesperada.

Não importando se foi uma missão abraçada com ímpeto ou uma oportunidade que a vida colocou no caminho, uma coisa é certa: para fazer-se e permanecer professor(a), é preciso admitir e cultivar um dom. E dons, como tais, devem ser acolhidos e celebrados.

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Dentro de cada coração docente, convivem simultaneamente a chama pueril da curiosidade e o espirito prático de trabalhadores que manejam a aprendizagem. O preciosismo de quem respeita e segue os cânones, ao lado da ousadia de quem se esforça na formatação e aplicação de metodologias inovadoras.

Ao nosso redor, no ambiente acadêmico, estão colegas que plantam conhecimento e amadurecimento em trajetórias de centenas de alunos a cada semestre. Que, na bem-sucedida experiência recente, deixaram para trás a zona de conforto, ao transpor suas aulas para o modelo de ensino remoto, depois híbrido e, mesmo voltando ao presencial, abraçaram de vez uma outra relação com as tecnologias.

Habitam os mesmos corredores e laboratórios da UFC catedráticos de referência, alguns figurando entre os 2% de pesquisadores mais relevantes do mundo (segundo ranking divulgado recentemente pela Universidade de Stanford [Estados Unidos] e pela editora Elsevier), e aqueles que há pouco deixaram as cadeiras da pós-graduação para dar os primeiros passos no exercício professoral.

Essa atividade tão nobre, sem a qual não seria formado um único profissional neste mundo, representa, orgulhosamente, um dos pilares tanto de nosso tripé universitário quanto de nossas atividades-fim. Somos professores, longe de ser privilegiados por isso, em um País que ainda precisa progredir muito para valorizar verdadeiramente a educação. Mas reconheçamos: há privilégio mais bonito do que ensinar por prazer e educar porque é o que nos alimenta o espírito? Acreditamos que não, e destinamos nossos calorosos parabéns a todos os docentes da Universidade.

Prof. José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque
Reitor

Prof. José Glauco Lobo Filho
Vice-Reitor

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