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Segunda, 13 Novembro 2023 10:12

A Pró-Reitoria de Cultura (PROCULT) e o Museu de Arte (MAUC) da Universidade Federal do Ceará lançaram, na manhã de sábado (11), o IV Salão Universitário da UFC, após 40 anos desde a última edição do evento. A exposição coletiva é um projeto de valorização, reconhecimento e fomento de jovens talentos da Universidade, com atuações nas mais diversas linguagens artísticas.

A ação tem o intento de realizar uma recuperação histórico-cultural de um projeto inovador e inclusivo no meio acadêmico, ocorrido nas décadas de 1970 e 1980, bem como tornar públicas as manifestações culturais e artísticas produzidas por estudantes-artistas ou artistas-estudantes no cenário contemporâneo da UFC.

Sob o tema “A arte como pertencimento e formação democrática”, esta edição acontece em parceria com a Fundação Nacional de Artes (FUNARTE), por meio do projeto Artes Capitais. Ao todo, estão expostas obras de 75 estudantes de todos os campi da UFC.

Durante a solenidade de abertura, a diretora do Museu, Graciele Siqueira, explicou que a exposição “é uma forma de revelar talentos, até porque a Universidade tem uma tradição de ser um grande celeiro de artistas, seja nas artes plásticas, seja na música ou em vários campos. Então, essa retomada é muito importante porque traz o estudante para dentro do MAUC, ele se vê como protagonista desse espaço, não só como um visitante, mas também como aquele que está ocupando as paredes do museu”.

O pró-reitor de Cultura, Prof. Sandro Gouveia, e a pró-reitora-adjunta de Cultura, Glícia Pontes, parabenizaram os artistas, enfatizaram a satisfação pela retomada do Salão Universitário e declararam o plano de torná-la bienal. “Nós vamos ter que esperar dois anos para a próxima edição, mas até lá não vamos ficar parados. Vamos fazer várias ações, fiquem atentos a isso”, prometeu o Prof. Sandro Gouveia, destacando ainda o papel da PROCULT na formação dos estudantes.

Maria Eduarda Guimarães, estudante do Curso de Design, é autora da ilustração digital “Efêmero”, que retrata os sentimentos dela no período pós-pandemia. “Tudo estava normalizando, só que ao mesmo tempo eu estava me sentindo muito deslocada. Como se todas as minhas relações pessoais fossem muito frágeis. Como o nome da obra diz, eu estava achando tudo muito efêmero, tudo muito passageiro. Eu já não era mais a mesma de antes.” Para ela, ocupar as paredes do MAUC, equipamento muito presente em sua vivência acadêmica, é uma experiência emocionante.

Para produzir a obra “Aberrações perceptivas”, o artista plantomorpho, do Programa de Pós-Graduação em Artes, apropriou-se de imagens científicas que, segundo ele, “têm uma relação muito forte com a ideia da descrição científica e da descrição anatômica para propor a ideia de distorcer, desfigurar, encontrar nas imagens linhas aberrantes de desfiguração”. Para ele, a oportunidade de expor no MAUC “é uma grande felicidade e uma grande conquista”, uma vez que “é um espaço de visibilidade muito importante para a cidade, tanto para a arte da cidade quanto para os artistas”.

A exposição, gratuita e aberta ao público, segue em cartaz até 26 de janeiro de 2024, no MAUC (avenida da Universidade, 2854, Benfica), de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 12h e das 13h às 17h, e em sábados previamente divulgados no site do MAUC, das 9h às 13h.

Fonte: Museu de Arte da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.